domingo, 26 de dezembro de 2010

"O Portador Caiu"

Esse é o título de um texto publicado no site Inclusive: inclusão e cidadania, uma revista digital que é composta por conteúdo de excelente qualidade em defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

Escrita por diversos colobaradores, dentre eles, Patrícia Almeida responsável pela edição da seção Mídia e Deficiência, onde ela registra suas impressões e opiniões sobre essa temática.
O termo PORTADOR DE DEFICIÊNCIA, ainda muito utilizado em meios educacionais e mesmo na sociedade em geral caiu em desuso desde a Convenção da ONU em defesa das pessoas com deficiência em 2008 e ratificada pelo Congresso Nacional com força constitucional.
A forma adequada e legal de nos referirmos desde então é
"pessoa com deficiência" deixando de lado definitivamente os termos pejorativos e preconceituosos.

Fique de olho no modo de "falar"!

A fala não é apenas uma reprodução sonora de palavras (é claro!)...ela é a expressão daquilo que acreditamos e de tudo o que pensamos.
O significado dos termos ou palavras que utilizamos no dia-a-dia nos são transmitidos culturalmente, acompanhando as transformações do contexto social do qual participamos.
Por isso, alguns termos deixam ou passam a ser utilizados quando os valores que o sustentam são modificados pela sociedade. Embora tais palavras já possam existir na língua escrita e falada, adquirem novos significados para designar novos conceitos.
Romeu Kasumi Sassaki , conhecido escritor brasileiro, em seu texto "Terminologia sobre Deficiência na era da inclusão" nos remete a seguinte reflexão:
"A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na liguagem se expressa, voluntaria ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiências. [...]
Usar ou não termos técnicos não é uma questão de semântica ou sem significado, se desejamos falar ou escrever construtivamente, numa perspectiva inclusiva, sobre qualquer assunto de cunho humano. E a terminologia correta é especialmente importante quando abordamos assuntos tradicionalmente eivados de preconceitos, estigmas e esteriótipos [...]. Os termos são considerados corretos em razão de certos valores e conceitos vigentes em cada sociedade e em cada época.
Ele nos traz uma lista de 59 palavras ou expressões incorretas acompanhadas de comentários e equivalentes termos corretos. Comumente estes "equívocos" estão em toda parte, nos livros, revistas, jornais e nas rodas de conversas.
Como diz Sassaki:
"[...] o maior problema decorrente do uso de termos incorretos reside no fato de os conceitos obsoletos, as idéias equivocadas e as informações inexatas serem inadvertidamente reforçados e perpetuados [...]".

Conheça o texto original, clicando aqui, e salve-o em arquivo pdf.
Fique atento!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Escrever...um ato de criação e coragem.

Um número infinito de palavras percorre a rede de computadores num segundo de tempo.
Informações são levadas a todo instante, em larga escala, por todo lugar e por diferentes pessoas.
A escrita mais do que nunca reafirma seu papel comunicador de ideias e atinge o seu ápce através da internet.
Escreve-se sobre tudo e de todas as formas.

Enfim, aqui estou!
Para escrever...sobre o que eu vejo, sinto e penso sobre a educação,
seja ela especial ou comum,
mas sempre no esforço para uma
"educação de qualidade, com sentimento e responsabilidade".
Há dias busco um tempo para ensaiar "alguns riscos e rabiscos" neste blog.
Interrogações, troca de experiências...
muita coisa passa pela minha cabeça neste momento em que a educação, como em toda a sua história de conquistas e desastres (porque já existiram muitos!), busca fortalecer de fato sua função social por meio de tantas exigências trazidas pela "educação inclusiva" (desde meados da década de 70) e reafirmar seu papel na formação de cada um de seus participantes: alunos, pais, professores, gestores.
Educação Inclusiva...Ufa! 
Quanta coisa já foi escrita sobre esse tema...e quantas mais precisam ser esclarecidas???


Nas buscas que faço na internet sobre o tema
encontrei o site ESCOLA DE GENTE que tem como idealizadora, fundadora e superintendente geral a Jornalista Cláudia Werneck na busca de democratizar o conceito e prática da educação inclusiva por meio da disponibilização de textos, dicas de sites, cursos oferecidos, legislação, entre outros afins.




Uma das minhas primeiras leituras sobre inclusão foi justamente o seu livro "Sociedade Inclusiva: quem cabe no seu todos" e quão complicada ela me parecia...quantas dúvidas e negações surgiam entre o emaranhado de ideias propostas pela autora.
O questinamento sobre o uso descompromissado do termo "TODOS" por todos nós envolvidos no processo educativo é eixo central desta publicação.

Conhecer, cada vez mais, faz parte das exigências para ser um bom educador.
Bom no sentido inclusivo da palavra (um aspecto importante para se esclarecer...mais tarde, com certeza!)
E, sendo assim, torna-se fundamental decifrarmos a terminologia específica que preenche os princípios inclusivos no sentido de compreende-la, sem entrar em conflito com o seu real significado.

É com esta finalidade que lhes trago, através da Escola de Gente, um espaço organizado alfabeticamente, de fácil acesso, através do qual podemos entender melhor aspectos relevantes na educação inclusiva.
Acesse aqui:

Educar de forma inclusiva significa, antes de tudo, reconhecer seu papel de ensinante, levando em consideração que

"Mestre não é quem ensina,
mas quem,
de repente aprende"
João Guimarães Rosa
Abraços.