domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ostra feliz não faz pérola...


É o título do livro escrito por Rubem Alves publicado pela Editora Planeta do Brasil em 2008. 
Eu recebi  o meu como presente ainda em 2010 de uma querida amiga, mas que só agora estou lendo, pois enfim abandonei por um tempo aquelas leituras técnicas obrigatórias...para curtir uma leitura poética e prazerosa.
Estou curtindo muito!
Resolvi reproduzir aqui o texto da orelha por ser tão representativo do conteúdo do livro além de ser inspiração para quem deseja ser escritor, ou quem sabe, apenas rabiscar, assim como eu, pois...
"As  ideias não aparecem quando querem e não quando nós queremos. São como pássaros que repentinamente assentam-se no ombro da gente sem que tivéssemos chamado. Isso sempre acontece comigo. Quando as ideias me apareciam eu tomava notas curtas, por vezes um simples aforismo. O título desse livro "ostra feliz não faz pérola" me chegou assim. Imaginava que depois eu teria tempo de transformar esses pássaros súbitos em textos elaborados. Enganei-me. Os pássaros chegaram velozes , sem parar. E o tempo era curto para transformá-los em textos. O que me dava tristeza, manter meus pássaros assim engaiolados  no meu bloco de notas...Tomei então uma decisão: soltaria meus pássaros do jeito mesmo como me haviam chegado, simples e curtos. Isso estava mais de acordo com o meu jeito de ser: sou um fotógrafo. Vejo e fotografo o que vejo com palavras. Assim é este livro, sem princípio, sem meio e sem fim. Um álbum de fotografias em que cada fotografia vale por si mesma, sem precisar estar ligada à outra fotografia colada ao seu lado. Tem uma vantagem:  qualquer página é um começo e um fim". Rubem Alves
Resolvi compartilhar essa minha leitura depois que ouvi hoje, em um programa de TV, uma frase que tem tudo a ver com o título desse livro e sobre a qual pretendo me inspirar nessa fase da minha vida: "a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional"!
Também para o autor  "Ostras felizes não fazem pérolas...Pessoas felizes não sentem a necessidade de criar. o ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor.  Não é preciso que seja uma dor doída ... Por vezes uma dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade. Este livro está cheio de areias pontudas que me machucaram. Para me livrar da dor, escrevi."
Boa leitura para você!
Ah! Conheça a "Casa de Rubem Alves", seus textos e outras publicações.

2 comentários:

  1. Obrigada pela dica Karyne!
    Tenho certeza como Professora e ser humano que é uma boa oportunidade de crescimento!
    Valeu!

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  2. Oi Cris, que bom que vc gostou. Os textos são curtos e sua leitura é adequada para aqueles pequenos intervalos que nós professoras temos entre uma atividade e outra. Um grande abraço.

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